4 de maio de 2016
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Professores manifestam apoio ao Projeto Escola Livre

Em virtude da repercussão da entrevista do deputado Ricardo Nezinho, sobre o projeto Escola Livre, em entrevista concedida a rádio 96 FM, vários professores declararam apoio ao projeto que visa entre outras coisas, o direito dos pais para que seus filhos menores recebam a educação moral livre de doutrinação política, religiosa, ou ideológica.

Nezinho destacou que tentaram confundir as pessoas com uma falsa ideia de “Lei da Mordaça”, que puniria professores garantindo que nenhum professor será preso ou demitido e colocou seu mandato à disposição caso isso acontecesse.

De acordo com Ricardo Nezinho, o projeto está todo alicerçado pela Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pela Lei de Diretrizes e Bases, pelo Estatuto do Magistério Público de Alagoas, pelo Código de Ética Funcional do Servidor Público, pelo Regime Jurídico, entre outros.

O parlamentar já contava com o apoio de autoridades religiosas, a exemplo do Arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, que enviou uma carta-documento declarando apoio ao projeto de lei Escola Livre.

Nesta quarta-feira (4), vários professores e pais de alunos estiveram no Programa Show de Notícias, apresentado por Isve Cavalcante, e também declararam apoio a iniciativa.

Leonardo Cavalcante disse que leu o projeto diversas vezes e sugere que outras pessoas façam o mesmo, pois não se pode falar mal do que não se conhece. “Como pai e professor não vejo o projeto como Lei da Mordaça. Para mim, lei da mordaça é impor as pessoas a aceitarem a chamada ideologia de gênero, onde o material produzido para ser usado em sala de aula para crianças de quatro e cinco anos era o famigerado kit gay, onde ensinava como fazer sexo de uma forma ou de outra. Isso é inadmissível”.

O pensamento também foi compactuado por Thiago Mota, advogado e professor universitário, que frisou que não tem medo do Escola Livre e que é democrático o fato de as pessoas discutirem e discordarem de qualquer assunto, mas fez um pedido para que as pessoas leiam o documento para evitar possíveis interpretações erradas sobre o tema.

“Não tenho medo desse projeto. Um bom professor não tem motivos para ter também. Dessa forma nos sentiremos representados pela Lei. Penso que um
bom professor tem que estimular o senso crítico do aluno para que ele seja capaz de questionar a sociedade sobre sua realidade. Somos o instrumento no processo de crescimento e amadurecimento do aluno. E isso não é castração ideológica”, disse.

Thiago ainda explanou que a escola como qualquer outro estabelecimento público tem que ser neutro e que o aluno não pode ser perseguido ou influenciado por questões políticas, religiosas ou ideológicas.

Apesar de toda a polêmica acerca do projeto, a universitária Camila Lima, de 22 anos, diz que essas entrevistas servem como forma de um melhor entendimento da lei para as pessoas que não tiveram a oportunidade em ler na íntegra, o que diz o Escola Livre, “que está longe de ser algo parecido com mordaça”.

No Facebook, foi criado um grupo denominado “Alagoas contra a Doutrinação Escolar”, onde reúne profissionais da educação, pais de alunos e formadores de opinião que apoiam a causa.

 

FONTE: www.diarioarapiraca.com.br/

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