Biografia de Esperidião Rodrigues da Silva
Esperidião Rodrigues da SilvaEm 16/06/1858, nasce na Vila de Cacimbinhas Esperidião Rodrigues da Silva, filho de José Veríssimo Nunes dos Santos e Ana Maria da Silva Valente.
Neto materno do português Amaro da Silva Valente de Macedo e de Izabel Pereira da Rocha Pires.
Em janeiro de 1859, seu pai resolve transferir-se para o povoado de Arapiraca, onde lá já residia seu cunhado Manoel André Correia dos Santos; chegando em Arapiraca fixa residência na parte denominada de “Cacimbas”; nesta época Esperidião tinha 06 seis meses de vida.
Sua infância foi muita boa, brincava entre as árvores e pássaros e sonhava com uma cidade tranqüila e bem povoada. Seu pai católico fervoroso, criou a família dentro dos padrões de honestidade, respeito e amor ao trabalho.
Em 1875, casa-se Esperidião com 17 anos de idade, com sua prima Joana Belarmina de Macedo, casamento acertado por seus pais, como era de costume da época e ele não ia fugir à regra. Desta União nasceram os filhos: André Rodrigues de Macedo, Serapião Rodrigues de Macedo, Domingos Rodrigues de Macedo, Lino Rodrigues de Macedo, Antonio Rodrigues de Macedo, Jonas Rodrigues de Macedo e Cecília Rodrigues de Macedo.
Esperidião tinha em seus planos, montar uma casa de Comércio. Sempre que levava cargas de algodão para serem vendidas em Penedo; voltava com tecidos e outras que levava cargas de algodão para serem vendidas em Penedo; voltava com tecidos e outras mercadorias para montar sua loja. Estas idas e vindas de pessoas, a fim de comerciar ficou conhecida com “A rota do São Francisco”.
Esperidião, como homem de visão, viu a necessidade da proteção aos viajantes pelas estradas desertas, então sugeriu a criação de uma guarda policial. Sua idéia foi aceita. E esta guarda ficou sob o comando de João Magalhães, que impôs respeito e ordem.
Esperidião torna-se o 1º comerciante em 1880 do Povoado de Arapiraca, em 1848, Esperidião criou a feira de Arapiraca, a fim de facilitar a vida dos moradores do povoado.
Em 892 Esperidião foi eleito Presidente do Conselho da Vila de Limoeiro. Neste mesmo ano conseguiu do Governo a criação de uma escola para o povoado; como também a criação do Cartório do Registro Civil, para casamento, nascimento e óbitos e uma agência dos correios.
Em 1897, casa-se pela 2ª vez com Balbina Farias de Melo; desta união nasceram: Amália Rodrigues da Silva, José Rodrigues da Silva, Genésio Rodrigues da Silva, Vigilio Rodrigues da Silva, Laura Rodrigues de Melo, Juvênio Rodrigues de Melo, Rosa Rodrigues de Melo, Gondizalves Rodrigues de Melo e Marieta Rodrigues de Melo.
Em, 1908, Esperidião funda no Povoado de Arapiraca, uma Sociedade Musical denominada: “União Arapiraquense” cujo os instrumentos musicais foram adquiridos em Paris (França).
Em 1915, o Governador Cel. Clodoaldo da Fonseca, nomeia Esperidião à Intendene da Vila de Limoeiro de Anadia, até 1918. Destacando-se como líder Político da atualidade.
No fim de 1918, Esperidião desgostoso com a política, vende suas propriedades, reúne os filhos e vai fixar residência no povoado da Igreja Nova, mas depois de estabelecido no comércio, a sua saúde começa a preocupar, então ele resolve mudar-se para Lagoa Comprida Povoado que fica as margens do Rio São Francisco.
Em abril de 1924, chega a Lagoa Comprida, seu sobrinho Domingos Lúcio da Silva, com uma missiva, a qual pedia a presença de Esperidião para liderar os rumos da Emancipação do Povoado de Arapiraca da Vila de Limoeiro de Anadia.
Daí, Esperidião reunia família, participa a todos que Arapiraca precisa de seu empenho e que tudo fará para ver concretizado o sonho de todos Arapiraquenses.
Neste mesmo mês Esperidião volta a Arapiraca e segue para Maceió, a fim de manter contato com as autoridades do estado, para que o processo de Emancipação tenha trâmite legal e possa ser votado pelos Deputados. Foi muito longo o tempo de espera, mas Esperidião não desiste. Todos os dias estava no palácio falando com um e com outro, até que se encontra com o Deputado Odilon Auto, que mantém uma conversa bem reservada e obtém do mesmo a aprovação de assinar a proposta apresentada. Mas não dependia só dos Deputados, tinha que ter a autorização do Secretário da Fazenda, na pessoa do Dr. Castro de Azevedo que mantinha-se intransigente, acabando o mesmo que havendo a separação de Arapiraca com Limoeiro esta seria prejudicada.Então Esperidião prometeu que com a Emancipação de Arapiraca Limoeiro continuaria economicamente forte.
Depois de falar novamente com o Governador este por sua vez manda que ele entre em contato com o Secretário da Fazenda e ouve dele esta frase: “ Não prometo trabalhar pela emancipação de sua terra, mas prometo não criar dificuldades as suas pretensões”. Neste mesmo dia subiu a plenário o processo e foi votado favorável.
No dia 31 de maio de 1924, recebe Esperidião, um telegrama oficial no qual relatava:
Cel. Esperidião Rodrigues da Silva
Arapiraca Limoeiro
Acabo sansionar Projeto Lei criando município de Arapiraca, com cuja população laboriosa, adiantada e progressista me congratulo por intermédio amigo, grande incansável paladino dessa conquista que representa ato de justiça aos poderes públicos e a um povo que se levanta por si próprio, que tem iniciativa e que progride.
Cordiais Saudações
Ass. Fernandes Lima- Governador do Estado
30/10/1924 – O jornalista Pedro da Costa Rego, empossa a junta governativa de Arapiraca.
07/01/1925 – Leitura do termo de posse pelo juiz Dr. Medeiros da cidade de Palmeira dos Índios.
07/01/1925 – Esperidião é eleito prefeito da Vila Arapiraca, tendo como vice José Zeferino de Magalhães e governaram até 08/01/ 1928.
Em 1930 – Esperidião é eleito pela 2ª vez prefeito de Arapiraca tendo como vice Antonio Romualdo e governaram até 1932, quando rebentou a Revolução. Daí por diante os prefeitos eram nomeados pelos Interventores que recebiam uma lista contendo cinco nomes daí o eram escolhidos o prefeito com seu respectivo vice.
Em 1936 – casa-se Esperidião pela 3ª vez com Maria Rodrigues.
03/07/1943 – Falece na cidade de Arapiraca aos 85 anos de idade, Esperidião Rodrigues da Silva, e é sepultado no cemitério local, após ter terminado a sua caminhada cívica, como cidadão brasileiro e arapiraquense, como cidadão brasileiro e arapiraquense, com a consciência tranqüila do dever cumprido.