Biografia de Enoch Macedo Júnior
O arapiraquense Enoch Macedo Júnior, filho de Enoch Macedo Marques Macedo e Áurea Macedo Marques nasceu no dia 17 de novembro de 1940, às 23:30 h de domingo na casa nº 5 da Praça Manoel André. Casa essa que pertencia aos seus bisavós maternos, Fabião Augusto Ferreira de Macedo e Germana Avelina Correia de Amorim da Rocha Pires, onde também residiam seus avós maternos: Jovino Cavalcanti de Albuquerque, músico, compositor, maestro, autor de peças teatrais, ourives e fabricante de sabonetes, e Tereza Augusta de Macedo, uma excelente costureira que vestia as damas e cavalheiros mais elegantes da cidade.
Do seu lado paterno, representado pelo seu pai, o jovem poeta e agrônomo Enoch Marques Macedo, teve como avós José Marques da Silva e Antônia Ursolina de Macedo, donos do Engenho Calugi, situado entre Limoeiro de Anadia e Campo Alegre.
Casado, próximo a completar 30 anos de união ao lado de sua esposa Genilda Leão Barbosa Macedo, filha de José Ferreira Barbosa (popularmente conhecido como Zezinho Ioiô) e Olívia Leão Barbosa, teve três filhos: Andréia Carla (e sua breve passagem na Terra, falecendo aos 18 dias de vida), Carlos André e Marcos André Leão Barbosa de Macedo. Obra do destino, mais dois filhos surgem a partir de sua vida extraconjugal: Judá Eduardo Sales Macedo e Luíza Augusta Sales Macedo.
Como estudante, Enoch passou por várias escolas arapiraquenses, como o tradicional Grupo Escolar Adriano Jorge, Instituto São Luiz, do saudoso professor Pedro Reys, havendo inclusive, estudado em escolas particulares administradas por dona Lourdes Queiroz e pela professora Consuelo.
Após um exame de admissão, em novembro de 1952, matriculou-se na 1 º série do Colégio Nosso Senhor do Bom Conselho, onde em 1953 iniciou sua fase de vida escolar no antigo prédio do Grupo Escolar Adriano Jorge. Coincidência ou não na sua vida, no ano seguinte, em 54, o colégio foi transferido para o prédio onde hoje funciona a Câmara Municipal de Arapiraca, lugar onde fez a 2º e parte da 3º série, pois por motivos administrativos, houve uma greve – uma das primeiras talvez de toda história escolar alagoana, assumindo após o acontecimento o professor José Moacir Teófilo, o colégio se instalou na rua Estudante José de Oliveira.
A partir daí, sua vida política começava se desenvolver, e em 1956, Enoch assume na 4º série do ginásio, o cargo de tesoureiro do Grêmio do Literário Rui Barbosa, exercendo também ao mesmo tempo o mesmo cargo, entre 55 e 56, na UESA (União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas), seção de Arapiraca.
Com a conclusão do curso ginasial em 1956, Enoch vai morar em Maceió e inicia seus estudos no curso científico no colégio Diocesano (atual colégio Marista de Maceió), onde participa como presidente do Grêmio Cultural Ronald de Carvalho, e que logo após foi sucedido pelo companheiro Geraldo Bulhões (ex-governador do Estado). No Diocesano, sua turma gerou posteriores personagens do cenário político e social do Estado como: Geraldo Bulhões (já mencionado anteriormente), seu irmão Isnaldo Bulhões, Antônio Gomes de Barros (o ex-governador Mano), Roberto Mafra, Zilton Vieira Leite.
Nessa fase, o jovem político destacou-se como estudante e venceu alguns concursos de literatura. Em 1959, conclui o científico e se prepara para fazer o curso de Direito. Antes de ingressar em 1962, estudou Latim e Francês na CNEG em Porto Real do Colégio, onde residia com seus pais e irmãos de 58 a 62.
Em 1965, preparando-se para assumir o cargo de adjunto do de promotor da Comarca de igreja Nova, Alagoas, Enoch sofre um grave acidente automobilístico no dia 5 de dezembro, e compromete sua carreira, suspendendo por 2 anos seus estudos. Nessa época, vivendo em Arapiraca, exerce a atividade comercial, foi proprietário da Casa do Agricultor, na praça Manoel André nº 5, sendo pioneiro no ramo agrícola e veterinário em Arapiraca. Logo em seguida, cria o restaurante Flamboyant Drink’s e somente em 1974 vem a concluir o Curso de Direito.
Há quase um ano, na UFAL recebe o convite da Reitoria para estagiar na Câmara dos Deputados Federais em Brasília, no período de 45 dias foi redator-chefe do jornal Camaradagem da turma de 85 estagiários, colaborando também com crônicas e poesias.
Seu estágio serviu de experiência para então exercer o cargo de vereador na Câmara Municipal de Arapiraca, onde foi eleito em 1968, com 640 votos – uma soma considerável para época, logo assumindo o cargo em 69, exercendo o mandato gratuitamente até 1971. Foi nessa casa Legislativa, que Enoch foi líder do antigo partido ARENA, ao lado do companheiro Domingos Vital, José Protasso, Jorge Pereira de Oliveira (o Jorge Ulisses), Vicente Barbosa, Antônio Jovino, Pedro Aristides, João Nunes entre outros. Na qual, manteve constante diálogo democrático e respeitoso contato com os companheiros tanto de seu partido quanto do MDB.
Como vereador, encaminhou ao prefeito João Batista Pereira da Silva, várias indicações, sugerindo a criação de um Corpo de Bombeiros em Arapiraca. Requereu e pediu o reparo de várias salas de aula, cidade e na zona rural, como também a abertura de poços artesanais, construção de escolas, calçamento de ruas, etc. Solicitou títulos de Cidadão Honorário para o então governador do Estado Afrânio Salgado Lages, os médicos Judá e José Fernandes, os empresários Adalberto Pereira Rocha, Geraldo Lira e Valdomiro Barbosa; funcionários públicos federais, Plácido Vieira Leite, coletor federal e Enoch Marques Macedo, do Ministério da Agricultura e fundador do Sindicato Rural (Patronal) de Arapiraca.
Representou a Câmara nas solenidades de homenagem ao governador Antonio Lamenha filho e, ao mesmo dia, ao sr. Rubens Vaz da Costa, presidente do Banco do Nordeste, quando em 1970, inaugurava a instalação da Adutora do Nordeste em Arapiraca, que com a chegada da água do rio São Francisco à cidade, foi considerada a obra do século.
Representou a Câmara na inauguração da Estação Rodoviária de Arapiraca, onde naquela oportunidade além do discurso do prefeito Batista, presenciava também o deputado federal Medeiros Neto.
O vereador, ainda participou de congressos e outros eventos, desempenhando seu mandato com muita honra, numa época em que não havia remuneração aos vereadores, o que o deixa muito mais orgulhoso e honrado até os dias atuais.