21 de fevereiro de 2016
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PMDB em Alagoas define nomes em apoio a Temer

Nacionalmente conhecido como o partido que não consegue consenso nas decisões internas, o PMDB quer mudar esta premissa histórica e promete chegar unido na convenção da legenda marcada para o próximo dia 12 de março, quando define o próximo presidente do biênio 2017/2019. A eleição, no entanto, não terá grandes novidades. Na intimidade, o partido é dividido na ala dos velhos caciques, liderados por José Sarney (MA), Renan Calheiros, e do outro lado tem o vice-presidente da República, Michel Temer, aglutinando a bancada sulista. Mesmo assim, Temer será o candidato à reeleição à presidência do PMDB – até agora em chapa única.

Isto porque não há foco de oposição ao projeto batizado de “Caravana da Unidade”. Temer, neste momento, cumpre agenda de visitas aos estados e região onde há necessidade de pacificar os peemedebistas e precisa contabilizar votos para a chapa única.

“Dizer que o PMDB não tem poder político, tem. Nós temos novos prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, a Presidência da Câmara dos Deputados, a Presidência do Senado, modestamente a vice-presidência da República, nós temos poder político, sim. O que nós precisamos é ter a Presidência da República em 2018”, vem afirmando Michel Temer nos encontros que mantêm reservado com a militância, a cúpula do partido nos estados e nas entrevistas coletivas.

Apesar da declaração, Temer tem afirmado que não será o candidato do partido. Segundo ele, o poder político que o PMDB possui atualmente não é suficiente para executar aquilo em que a legenda acredita.

“Enquanto nós não tivermos isso, nós ficamos apenas no verbo. E o verbo hoje não tem sido suficiente. Nós temos que ter meio, caneta para executar aquilo que o verbo peemedebista relata, escreve”, disse ao defender o projeto da presidência da República para 2018.

O presidente do PMDB não virá pedir votos em Alagoas para a reeleição. Já sabe que os sete convencionais alagoanos apoiam o projeto da “Caravana da Unidade”. O projeto objetiva ampliar as bases municipais nas eleições de outubro para sedimentar a candidatura à presidência da República, disse o secretário-geral do partido no Estado, Ricardo Santa Rita.

APOIO

Os sete convencionais do diretório estadual do PMDB de Alagoas, definidos na última eleição do ano passado que reconduziu o senador Renan Calheiros pela décima vez à presidência do diretório estadual, até o momento “fecham” com o projeto Temer. Os convencionais que votam na reeleição do presidente do diretório nacional são: o próprio senador Renan Calheiros; o governador, Renan Filho; o vice-governador, Luciano Barbosa; o chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias; o deputado estadual Ricardo Nezinho (Arapiraca); o prefeito da cidade de Marechal Deodoro, Cristiano Mateus; e o secretário-geral do diretório estadual, Ricardo Santa Rita. “A tendência é o partido marchar unido em torno de Temer”, adiantou Santa Rita à Gazeta.

As lideranças do partido, dentre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o secretário-geral defendem a unidade peemedebista para fortalecer o projeto que objetiva dobrar o número de prefeitos e vereadores em todo o País nas eleições de outubro. O partido inclusive foi liberado para fazer as composições que achar necessária para o fortalecimento da base.

Nas eleições de 2012 o PMDB se tornou o partido mais forte do Brasil porque elegeu o maior número de prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros. Foram eleitos 1.024 prefeitos (18,4%) e 785 vereadores. Em Alagoas, o partido também ficou mais forte e com o maior número de eleitos: 25 prefeitos e 150 vereadores.

Em segundo lugar ficou o PSDB, com 702 prefeitos (12,6%, 19 deles eleitos em nosso Estado e 5.146 vereadores; e em terceiro lugar no País ficou o PT, com 635 prefeitos, três deles de Alagoas.

O terceiro partido com o maior número de prefeitos é o PP, que administra 15 cidades brasileiras.

Este resultado das últimas eleições municipais influenciou de maneira decisiva a eleição de 2014 e manteve Temer como vice de Dilma Rousseff. Tanto que o PMDB foi quem mais elegeu governadores, sete ao todo; em segundo lugar, o PSDB elegeu cinco governadores; em terceiro, vem o PT com cinco governadores.

 

FONTE: http: www.gazetaweb.globo.com

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